Entrega do plano foi
realizado no Centro de Convenções da ACRio
O Plano Estratégico de Logística e Cargas do
Estado do Rio de Janeiro (PELC) 2045 tem a capacidade de transformar o Rio em
uma plataforma multimodal para os demais estados, segundo o presidente do
Conselho Empresarial de Logística e Transporte (CELT), da Associação Comercial
do Rio (ACRio), Eduardo Rebuzzi, e ajuda o estado a concretizar a ideia de ser
uma rótula logística do País, conforme disse o presidente da ACRio, Paulo
Protasio, acentuando a localização estratégica do estado, podendo ser um elo de
ligação com o Centro-Oeste, São Paulo e o Norte do País.
“O Rio precisava de um plano nesse sentido, e o
estado é a rótula, pois é o que mantém o Brasil de pé. O PELC trouxe de volta a
ideia de tornar o Rio a rótula do País”, comentou o presidente da Associação.
Para o presidente Paulo
Protasio, o Rio está em posição estratégica no País
A entrega do PELC foi realizada na quinta-feira
(02/06), em seminário realizado na sede da ACRio, no Centro. O evento também teve
a participação do secretário estadual de Transportes, Rodrigo Vieira, que
ressaltou a importância estratégica do estado. “Estaremos fortalecendo o porto
do Rio e as vias de escoamento. O Rio tem uma importância não só para o estado
como também para todos os estados do Sudeste”, disse.
Para Rebuzzi, o estado tem um ativo logístico
importante, com a estrutura de portos, ferrovias e rodovias, mas que precisam
ser aprimorados. “A partir de agora, deixa de ser um plano deste governo para
ser de estado. O governo do estado assinará um decreto, e há um projeto de lei
na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado) para que venha a ser aprovado como
plano de estado, que não possa ser alterado e nem deixar de ser cumprido. A
sociedade terá um instrumento que deverá ser respeitado pelos governantes”,
disse.
Secretário Rodrigo
Vieira diz que as vias de escoamento serão fortalecidas
O detalhamento do PELC ficou a cargo do
subsecretário estadual de Transportes, Delmo Pinho, que também é conselheiro do
CELT. Segundo ele, o plano levou 30 meses para ser concluído e prevê ações
em todos os segmentos dos transportes para um período de 30 anos. “É um
plano diretor e estratégico e está bem alinhado com os mais modernos. Começamos
bem, porque esse plano é bastante denso e pode ser considerado um dos melhores
do País”, disse.
Em sua palestra, o subsecretário fez algumas
críticas a decisões relativas ao setor de transportes que foram tomadas nos
últimos anos, como o caso da liberação do Aeroporto Santos Dumont, no Centro,
para outros voos que não sejam da ponte aérea Rio-São Paulo. De acordo com ele,
essa abertura prejudicou o Aeroporto Internacional do Galeão/Tom Jobim, que era
o hub de operações aéreas vindas do exterior ao Brasil.
Rebuzzi ressaltou que a
ideia é tornar o PELC projeto de estado
“Hub é centralização, então não pode ficar
indefinidamente dividindo a demanda porque senão não poderá ser criada uma
grade de voos suficientemente densa para atrair os passageiros de outras unidades
da federação. Então há de se estabelecer um limite de convivência entre o
Santos Dumont e o Galeão nesse sentido”, disse.
O PELC RJ 2045 foi elaborado pela Secretaria de
Estado de Transportes e tem a Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRio) como
uma das principais entidades parceiras no projeto. Serve como base estratégica
para que o governo possa elaborar política pública para o transporte de cargas
e logística.
Subsecretário Delmo
Pinho esclareceu os pontos do PELC e a distribuição das 12 âncoras do projeto
Com uma perspectiva estratégica, foram definidos
12 conjuntos de equipamentos de infraestrutura, as chamadas âncoras do projeto.
Em torno delas, os pleitos foram organizados em agrupamentos de acordo com suas
características físicas e logísticas. Um exemplo é o Eixo Multimodal Rio-Minas,
que tem grande potencial de atração de novas cargas para exportação do sul de
Minas, da região de Belo Horizonte e do Centro-Oeste, utilizando os portos do
Rio.







